quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Suporte da caixa de direção

Com o motor do Calibra no lugar conseguimos definir o lugar da caixa de direção. Estamos utilizando a caixa de direção do Chevette, mas como o Lotus é menor, tivemos que diminuir o tamanho dela em 130 mm.  Montamos o suporte com chapas de 3mm.

Suporte do painel

Conforme o projeto, o suporte do painel é uma peça separada do chassis e presa através de parafusos. A base do suporte é de tubos quadrados de 1 polegada, o mesmo do chassis e a parte superior foi feito com chapas de 3mm. Construimos os moldes do painel em madeira MDF e dobramos as chapas sobre a madeira para tomar suas formas. Veja no detalhe que na parte frontal do painel, tem duas chapas, uma delas irá apoiar o capô.


Flange do motor do Civic

Enquanto isso começamos a prepar a flange do Civic, primeiramente fomos atrás de uma empresa para fazer a flange mas sem sucesso, todas deram para trás, quase levamos um calote. Com a iniciativa do Alex, resolvemos fazer a flange em casa. Partimos de um chapa de aluminio de 45x45 cms e 19mm de espessura. Desenhamos a furação do câmbio e do motor em cartolinas, achamos o centro dos dois e passamos a furação para a chapa de aluminio. Com a ajuda do Thiago da Classicos del Rey, cortamos as sobras da chapa com uma serra de fita, a parte central foi feita no torno. Os parafusos são do tipo Allen e os do motor são embutidos na flange. Agora só falta decidir o motor de arranque para fazer a adaptação. Falando parece simples, mas deu trabalhão danado, mas o resultado foi gratificante.

Motor e Câmbio

Chegou a hora de colocar o coração no paciente. Como o carro do Geraldo será equipado com motor Chevrolet Calibra e câmbio do Omega, decidimos começar por ele, pois o encaixe do cambio e motor não necessita de adaptações.
O suporte do motor é original da Chevrolet e os coxins são do Opala, fizemos então a base do coxim que é fixada no chassis usando chapas de 3mm. Com o motor pendurado pela "girafa", medimos a distância e a altura para confeccionar as bases dos coxins com um molde de cartolina para depois cortar as chapas.

O câmbio recebeu o coxim original do Omega, foi soldado uma barra no chassis para apoia-lo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Auto Clásica 2008

Durante os dias de 11 a 13 de outubro, fomos a Argentina, para conhecer a famosa exposição de carros clássicos que é realizada todo ano no hipódromo da cidade de San Isidro.
Impressionante, é a qualidade e a diversidade dos carros apresentados. O evento é marcado pelos carros esportivos principalmente das décadas de 20 e 30.
Lá conhecemos os simpáticos integrantes do Lotus Club da Argentina, Jorge e Daniel, que nos receberam muito bem e nos indagaram "Por que não tem Lotus Seven no Brasil?", também não soubemos responder mas dissemos que em breve vai ter (se tudo der certo!).


Garagem

Esta foto dá para ter uma idéia da garagem onde estão sendo construidos os 2 carros e também do nosso mais novo ajudante.



Eixo traseiro

Após muito trabalho terminamos os trabalhos nas suspensões dianteiras dos dois carros, com isso partimos para o eixo traseiro.
Conforme falei antes, o diferencial usado é do Opala 4 cilindros, após a sua limpeza, ou seja, tirar todo o suporte da suspensão original do Opala começamos as medições e calculos para a nova suspensão.







quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alinhamento da suspensão dianteira

Na teoria parecia tudo simples, achei que numa manhã montaria o gabarito da suspensão e no final do dia os dois carros já estariam com as suspensões soldadas. Pura ilusão, chegamos na parte mais complicada (até agora), pois nada bate com nada, alinha de um lado, desalinha de outro, prende aqui, desprende lá. Depois de horas em cima de réguas, esquadros, níveis e paquimetros chegamos a um resultado, o gabarito pronto.


Nosso super-hiper mecânico (futuro Engenheiro) Alex, foi fundamental na montagem do gabarito. Veja ele dominando a esmerilhadeira.
Ah! eu ia esquecendo. Frase do dia: "Nossa suspensão é igual a nossa!" - Autoria: Eng. Alex - Ainda bem que é igual a nossa, pelo menos temos alguma referência.....

Bandejas prontas

Após dois sábados de trabalho, terminamos as bandejas e os braços da suspensão traseira para os dois carros.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Buchas

No princípio iriamos utilizar as buchas do Fiat Uno encontradas facilmente no mercado, para isso seria necessário fazer em torno os tubos da bandeja onde vão as buchas. Entre fazer os tubos no torno, preferimos comprar tubos em medidas padrão e fazer no torno as buchas em poliuretano. O poliuretano da mais rigidez e precisão à suspensão além de terem uma vida útil maior mas em contrapartida são mais duras e desconfortáveis.

Pivô

Os pivôs da suspensão dianteira são de carros nacionais. Os inferiores são de Fiat Palio e os superiores de Chevrolet C10. Na foto aparece também o tubo torneado e com rosca de 17mm da bandeja superior onde vai o pivô da C10.

Amortecedores

Os amortecedores utilizados nos Locost são do tipo "coilover", procuramos desenvolver este amortecedor aqui no Brasil, mas o custo era maior do que importar da Inglaterra. Compramos os amortecedores da marca GAZ que possuem ajuste de altura através de rosca e de pressão.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Solda das bandejas

Com o material todo preparado, chegou a hora da solda das peças. Estamos utilizando solda do tipo MIG, mais recomendada para este tipo de trabalho. Como ainda não temos muita habilidade para isso, o Elson está nos ajudando.


Gabaritos

Para montar as bandejas fizemos gabaritos em madeira MDF, por ser um material mais fácil de trabalhar e de baixo custo. Este é um trabalho importante e criterioso pois aqui vai definir a precisão das peças.
 O resultado dos gabaritos ficaram acima de nossas espectativas.

Gabarito dos braços traseiros

Tubos e cortes

Os tubos para as bandejas foram outro problema, pois necessitavamos de tubos sem costura trefilados a frio. Mas com alguns dias procurando encontramos os tubos de 25mm para as bandejas inferiores e 19mm para as superiores. Com os tubos em mãos partimos para o corte e preparação do material.

Autocad

Para confeccionar as novas bandejas foi necessário desenhar algumas peças no Autocad para serem cortadas a laser. Tive que voltar alguns anos para relembrar os comandos do Autocad, não foi em vão a minha formação em desenho industrial. Foram feitas 4 peças,  bandeja dianteira inferior, os suportes das bandejas e dos amortecedores (os conhecidos Us) e o suporte da suspensão traseira que vai presa no diferencial. O trabalho todo valeu a pena, pois a qualidade do corte e e da dobra é impecável.



Suspensão dianteira

Com o chassis na garagem começamos a fazer alguns testes e estudos de suspensões. O Sr. Inácio nos forneceu um jogo de bandejas da suspensão frontal as quais foram baseadas no projeto do livro do Ron Champion. Como nosso carro tem o chassis mais largo (10 cms) verificamos que com essa bandeja o carro iria ficar com a frente mais estreita que a traseira, então decidimos fazer novas bandejas. Adaptamos o projeto das bandejas do livro do Chris Gibbs para as nossas necessidades.

Nos projetos executados no Brasil, muitos utilizam o diferencial do Chevette mas novamente como nosso chassis é mais largo optamos pelo diferencial do Opala 4 cilindros, assim como as mangas de eixo. Utilizamos os pivôs do Palio (inferior) e da Pickup C10 (superior).


Compramos na Inglaterra uma pedaleira própria para os Locost para usarmos de base para a nossa.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O Chassis

O Lotus Seven original é estreito e apertado, não sei como os ingleses cabem dentro, com pouco espaço para os pés. Isto era uma reclamação constante encontradas nos sites, então resolvemos utilizar um projeto que amplia o espaço interno o que dá um pouco mais de conforto.
Optamos então pelo projeto do McSorley 7+422 que tem 4 polegadas a mais no comprimento e na largura e 2 polegadas a mais na altura.
Como não tinhamos experiência em solda, decidimos em fazer o chassis em uma oficina de uma metalurgica de um amigo.
Foram 6 meses de paciência, pois os 2 chassis foram feitos fora do horário de trabalho.

O chassis quase pronto, faltando as travessas laterais, o túnel central e traseira.

O chassis pronto, conferindo medidas.

O chassis já na garagem.

A idéia


A idéia de construir um Seven surgiu em abril de 2007 durante  o encontro de carros antigos de Águas de Lindóia. No encontro estava presente o carro do Sr. Inácio de Botucatu e foi ele que nos desepertou o interesse pelo Seven.  O Geraldo, meu sogro, foi quem viu e me conveceu.
Com muitas noites de pesquisa na Internet descobrimos o projeto e a enorme quantidade de informações sobre o carro.
A princípio achei uma loucura construir um carro do zero, mas aos poucos fui me interando do projeto e comecei a perceber que era viável.
Compramos livros, juntamos informações e mais informações e em julho de 2007 resolvemos começar.

O Lotus Seven


O Lotus Seven é um carro esportivo pequeno, simples e leve produzido pela Lotus Cars durante os anos de 1957 a 1972.
O Seven foi projetado por Colin Chapman, fundador da Lotus, utilizando os conceitos de que desempenho se obtém com pouco peso e simplicidade.
Chapman desenhou um carro com conceitos utilizados nas pistas para uso urbano, assim obteve sucesso com mais de 2500 carros vendidos em seu modelo original.
A partir de 1972 os direitos sobre o projeto do Seven foi vendido a Caterham que fabrica até hoje o modelo completo ou em forma de kits.
A simplicidade do carro fez com que surgisse vários carros feitos em casa, através de projetos completos desde a construção do chassi até a tapeçaria, toda a mecânica é herdada de um carro doador. Estes carros ficaram conhecidos como Locost (baixo custo) e hoje é uma febre principalmente na Inglaterra e Europa com provas em pistas improvisadas em estacionamentos e pequenos autodromos. Veja o vídeo abaixo.